segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Carlos Sardo, dirigente do Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico Português) foi durante os três dias de acampamento das Moças Mórmons da Cidade de Setúbal, o anfitrião do Parque de Escutismo e o guia das caminhadas levadas a efeito no decurso desta atividade.

O Chefe Carlos Sardo esteve sempre presente e conviveu com o grupo criando-se uma empatia entre as jovens e este dirigente escutista, a ponto delas o considerarem como o seu chefe.

Este dirigente escutista publicou na internet a sua avaliação da vivencia em campo e pelo seu interesse, especialmente para as moças SUD, reproduzimos aqui.

Durante três dias convivi com o grupo de moças das duas capelas. Já habituado a conviver com jovens, não me foi difícil criar de imediato uma sã e amiga empatia com o grupo.

O ambiente salutar e os temas de conversa ao longo destes três dias fez com que os meus conhecimentos ficassem mais ricos. Falar de Jesus é sempre um tema, que torna qualquer cristão mais rico, neste acampamento que atrevo dizer ecuménico, todos aprendemos, a espiritualidade cristã esteve presente em todos os momentos, em todas as actividades, a criação de Deus, mais que nunca foi apreciada por estas moças, desde a planta mais minúscula, às maiores constelações do nosso Sistema Solar.

Vivi a fé e orei com elas ao mesmo Deus e podem crer que a minha fé saiu reforçada. Somos um só povo que adora um só Déus, o nosso Pai, permitam-me então que vos trate por irmãs e que vos diga que foi magnífico partilhar convosco estes três dias.

Que Nosso Senhor Jesus Cristo vos abençoe e ilumine o vosso caminho. "Si Deus pro nobis, quis contra nos" Apostolo Paulo

Carlos Sardo
(Dirigente do C.N.E.)

domingo, 16 de setembro de 2012

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Visitas escutistas

Dois dirigentes escutistas estiveram de visita ao acampamento. Sérgio Sardo, dirigente do Corpo Nacional de Escutas e modelo da capa do livro ARRÁBIDA DESCONHECIDA e o chefe Luis Câmara Manoel, dirigente formador (insignia de madeira 4 contas) dos Boy Scouts of América.
A Teresinha uma das líderes das Moças da Ala Setúbal II, dá uma olhadela ao livro ARRÁBIDA DESCONHECIDA, um verdadeiro guia do Parque Natural da Arrábida, sendo fotografada na "clareira do helicóptero" pelo autor do livro, ele próprio um dos responsáveis por esta atividade.


As caminhadas foram o prato forte deste Acampamento das Moças

A primeira caminhada que foi efetuada tratou-se de um reconhecimento do Parque de Escutismo (CEADA) onde o acampamento teve lugar.

Outra pequena, mas que foi por demais emocionante, foi aquela em que  lhes foi pedido que parassem à sombra de umas frondosas árvores para aí meditarem um pouco. Feito o silêncio o mesmo foi ligeiramente interrompido pela líder que entregou a cada jovem uma mensagem pela qual não esperavam. Após a abertura da mesma o silêncio do grupo foi rompido pelo choro de algumas que não conseguiram conter a emoção. A missiva era de suas próprias mães que por aquele meio lhas comunicavam o quanto as amavam.

Outro momento marcante foi aquele que ocorreu durante a noite e quando em silêncio e prestando a máxima atenção aos caminhos nem sempre fáceis da serra, sem que alguma luz artificial pudesse ser acesa, as jovens percorreram durante mais de uma hora os caminhos da Arrábida à luz de incontáveis estrelas quando passavam por alguma clareira, ou caminhando por tuneis de vegetação, na mais completa escuridão.

O ponto alto das caminhadas ocorreu no último dia onde pela manhã quando o grupo liderado pelo veterano chefe Carlos Sardo, dirigente do Corpo Nacional de Escutas, subiu ao ponto mais alto da cordilheira da Arrábida, numa atividade que teve a duração de mais de quatro horas, mas tendo todas conseguido atingir este objetivo.

O Chefe Carlos Sardo foi o guia de todas as caminhadas levadas a efeito no decurso do acampamento.

As oficinas práticas de trabalhos manuais

As oficinas práticas permitiram às moças terem alguns momentos de descanso dos trabalhos de campo, ao mesmo tempo que aprendiam novas técnicas e desenvolviam os seus talentos com os trabalhos manuais construídos com material reciclado.

Elas foram instruídas a fazerem aproveitamento dos mais diversos tipos de material de forma a poderem construir coisas bonitas com pouco ou nenhum dinheiro.

Igualmente nestes tempos de descanso as jovens desenvolveram os seus talentos aplicando técnicas de pinturas faciais, para poderem vir a divertir crianças em ações futuras.

Projeto de serviço

O projeto de serviço levado a efeito no decurso do Acampamento das Moças, consistiu na limpeza de um canal para recolha e encaminhamento de águas pluviais, existente junto à receção do CEADA, o qual se encontrava bastante obstruído devido à queda das primeiras folhas das árvores, nesta altura em que o outono se aproxima.

Uma outra equipa procedeu à desmatagem, com recolha de canas, de uma vala existente junto à entrada do Parque, para que as águas da chuva possam correr livremente até ao pequeno regato que passa ali perto.
As canas foram depois carregadas para junto da receção onde irão ser utilizadas na construção ligeira de uma pequena esplanada para apoio à cabana do staff de campo.

Um intenso programa de atividades

As líderes das Organizações das Moças de ambas as congregações SUD da cidade de Setúbal prepararam um bem elaborado e intenso programa de atividades para o seu acampamento anual.

O programa foi praticamente todo cumprido, embora com alguma ligeira adaptação feita no local.

Para aceder à programação geral do acampamento, clique no link: 

A página noticiosa, não oficial,  www.lugarmormon.blogspot.com publicou na sua edição de 13 de setembro  a notícia que aqui reproduzimos referente ao Acampamento das Moças Mórmons da Cidade de Setúbal, levado a efeito no CEADA em 10, 11 e 12 de setembro de 2012


Depois de três dias em contacto direto com a natureza num dos espaços mais lindos de Portugal, acabou o acampamento anual das moças mórmons da cidade de Setúbal, o qual teve lugar no CEADA (Centro de Educação Ambiental da Arrábida) o belo Parque de Escutismo da Região de Setúbal do Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico Português).

Foram três dias de alegre convívio e de muita atividade ao ar livre que certamente deixou uma marca para toda a vida naquelas jovens membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, da cidade de Setúbal, Portugal, que participaram neste memorável evento.

No acampamento foram levados a efeito diversos ateliers práticos e caminhadas de reconhecimento do terreno, com destaque para uma caminhada noturna, sem utilização de qualquer lanterna, com o céu coberto por um manto de incontáveis estrelas e para a caminhada final de quatro horas onde todas subiram ao ponto mais alto da “Serra Mãe”, com a devida autorização do Parque Natural da Arrábida.

Estão de parabéns as líderes da Organização das Moças das Alas Setúbal I e II, bem como os membros da Sociedade de Socorro de ambas as alas que forneceram todo o indispensável apoio logístico a esta atividade.

De salientar também a excelente colaboração do veterano chefe escuteiro do C.N.E. Carlos Sardo que sendo o responsável de serviço pelo CEADA foi o guia de todas as caminhadas, tendo havido um relacionamento bastante saudável entre todos os membros do acampamento mórmon e este dirigente, numa manifestação de empatia notável. A ele se deve uma boa parte do enorme êxito deste evento.

Mais uma vez é também de realçar que pese embora o facto das organizações de Setúbal I e II terem um orçamento bastante reduzido, gerido com imaginação, conseguiram fazer um acampamento de três dias onde participaram quase três dezenas de elementos, entre jovens e líderes, que ficará marcado para sempre na memória das participantes.
Este bonito cão que deambula pela Serra da Arrábida, foi a primeira visita ao acampamento quando o mesmo se encontrava ainda em fase de montagem

Uma história baseada em factos reais passada no decurso do Acampamento das Moças Mórmons da Cidade de Setúbal


A patrulha perdida

As agulhas dos pinheiros e as folhas dos viçosos medronheiros abanavam suavemente, naquela zona da serra, onde àquela hora se começava a sentir uma ligeira aragem, que embora quente, sempre ajudava a minimizar os efeitos da solarenga e tórrida tarde de verão.

A patrulha feminina Pantera, composta por escuteiras novatas, seguia uma pista previamente marcada pelo chefe, que utilizando ramos de árvores, pedras soltas, ou simplesmente riscando no solo ressequido a tinha marcado, fazendo alguns sinais daqueles usados pelos escuteiros.

Aquela região era muito utilizada para provas de escuteiros, por isso eram visíveis alguns sinais de pista que os mais atentos veteranos verificavam que não tinham sido feitos recentemente, porém para as novatas, todos os sinais eram considerados fiáveis.

O chefe ao marcar a nova pista tinha tido o cuidado de desfazer todos os outros sinais que se encontravam no terreno. Porém como tinha apenas disposto de uns breves minutos para o fazer, muitos daqueles mais antigos ficaram por apagar.

Normalmente numa prova ou jogo de pista, a última patrulha, equipa ou dirigente deve destruir os sinais utilizados, todavia naquela zona da serra verificava-se a existência de vários que não tinham sido oportunamente destruídos, levando as novatas a confundir pistas.

As quatro patrulhas saiam do acampamento a intervalos espaçados, de forma a não poderem ver-se umas às outras e as “panteras” foram a segunda a sair.

As moças quase corriam pelos carreiros do mato e nem sempre o seu olhar focava o solo onde se encontravam os sinais de qual o caminho a seguir, a evitar, ou mesmo de uma qualquer mensagem escondida.

E foi por isso que um dos dirigentes que controlava o jogo, algumas dezenas de metros após a saída desta patrulha e verificando que a mesma não teria reparado num sinal que indicava mensagem escondida, a mandou parar para lhes chamar a atenção para a forma correta de seguir pelos trilhos e observar os sinais.

As panteras que quase corriam pelo trilho como se de uma prova de corta-mato se tratasse, prometeram tomar mais atenção e prosseguiram.

A primeira patrulha já tinha passado e as outras duas que precediam a Pantera, percorreram os trilhos, evitando uns, seguindo outros, de acordo com os sinais que avistavam, até atingirem o objetivo e retornarem ao ponto de partida.

As tendas daquele grupo de jovens estavam montadas de forma a ver-se o ponto mais alto da cordilheira da Arrábida. Diversos arbustos com destaque para os medronheiros, ainda com os seus frutos pequenos e verdes tornavam o espaço mais agradável.

As três restantes patrulhas do grupo já tinham chegado ao acampamento e estavam agora reunidas a tentar decifrar uma complexa mensagem escrita em código alfa/numérico, focando ali toda a sua atenção.

Porém, da Patrulha Pantera nem sinal, o que levou a chefia de campo a tentar estabelecer contacto com a mesma, via telemóvel. Mas, a fraca cobertura da rede naquela zona da serra foi motivo impeditivo de sucesso.

O chefe de campo decidiu então partir acompanhado de mais dois membros do Grupo de forma a tentar resgatar a patrulha que já era para si considerada como estando perdida na serra.

Entretanto, após algumas centenas de metros percorridos pela pista, a Patrulha Pantera viu-se confrontada com sinais antigos e enveredou por um trilho diferente. Outros sinais de pistas antigos, assinalando “caminho a evitar”, fizeram-nas seguir por percurso diferente.

Era a primeira vez que seguiam uma pista, não conheciam o local onde se encontravam e rapidamente perderam o controle da situação. A guia da Patrulha seguia à frente e dava as diretivas, no final da fila indiana seguia uma líder que nada dizia, propositadamente, e se comportava como um mero membro da patrulha.

As moças estavam cansadas, sentiam-se perdidas e sem saber por onde seguir. Uma delas sugeriu então que orassem ao Pai Celestial pedindo a Sua ajuda. A sugestão foi logo aceite pelas restantes e, meio do mato, as jovens pararam e reverentemente uma delas, orando em nome de todas ao Senhor pediu que as ajudasse a encontrar o caminho.

A líder que seguia em último lugar da fila, mas que também não era conhecedora daquela zona, tomou a palavra para dizer às jovens que ficassem quietas naquele mesmo local de oração, enquanto iria com outro elemento tentar encontrar o trilho de regresso ao acampamento em vez de continuarem a progredir para terreno desconhecido.

Poucos minutos volvidos e eis que encontram um antigo sinal de pista de “caminho a seguir” que apontava para o sentido oposto ao que seguiam. A líder deduziu que o mesmo deveria indicar a zona de campo de onde teriam partido.Retornando ao local onde tinha ficado a patrulha, reuniu-a e fez com que a seguissem na direção do sinal indicado.

Meia hora depois a Patrulha Pantera estava a entrar no recinto do acampamento, vindo as moças cansadas e desiludidas por não terem concluído todo o percurso como o tinham feito as colegas das outras três patrulhas.

Poucos minutos depois a equipa de resgate estava também de regresso ao campo depois de ter sido informada, pelo sistema de rádio, do regresso da patrulha perdida.

As moças da Patrulha Pantera aprenderam com esta lição que deveriam não só estar atentas às instruções ministradas antes de entrarem na pista, como também depois de lá estarem prestarem toda a atenção aos sinais marcados no solo. Aprenderam também que em caso de aflição não se deve perder a cabeça e se for caso disso fazer como o fizeram, pedindo o apoio do Pai Celestial que vela por todos os seus filhos onde quer que se encontrem.


Rui Canas Gaspar